19 julho, 2007

Você conhece o caso deste juiz?

O Juiz ?Odilon de Oliveira?, de 56 anos, estende o colchonete no piso
frio da sala, puxa o edredom e prepara-se para dormir ali mesmo, no
chão, sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados.
Oliveira é juiz federal em Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul na
fronteira com o Paraguai e, jurado de morte pelo crime organizado,
está morando no fórum da cidade. Só sai quando extremamente
necessário, sob forte escolta.
Em um ano, o juiz condenou 114 traficantes a penas, somadas, de 919
anos e 6 meses de cadeia, e ainda confiscou seus bens.
Como os que pôs atrás das grades, ele perdeu a liberdade. "A única
diferença é que tenho a chave da minha prisão."
Traficantes brasileiros que agem no Paraguai se dispõem a pagar US$
300 mil para vê-lo morto. Desde junho do ano passado, quando o juiz
assumiu a vara de Ponta Porã, porta de entrada da cocaína e da maconha
distribuídas em grande parte do País, as organizações criminosas
tiveram muitas baixas.
Nos últimos 12 meses, sua vara foi a que mais condenou traficantes no país.
Oliveira confiscou ainda 12 fazendas, num total de 12.832 hectares, 3
mansões ? uma, em Ponta Porã, avaliada em R$ 5,8 milhões ? 3
apartamentos, 3 casas, dezenas de veículos e 3 aviões, tudo comprado
com dinheiro das drogas.
Por meio de telefonemas, cartas anônimas e avisos mandados por presos,
Oliveira soube que estavam dispostos a comprar sua morte. ?Os agentes
descobriram planos para me matar, inicialmente com oferta de US$100
mil.?
No dia 26 de junho, o jornal paraguaio La Nación informou que a
cotação do juiz no mercado do crime encomendado havia subido para US$
300 mil. "Estou valorizado", brincou. Ele recebeu um carro com
blindagem para tiros de fuzil AR-15 e passou a andar escoltado.
Para preservar a família, mudou-se para o quartel do Exército e em
seguida para um hotel. Há duas semanas, decidiu transformar o prédio
do Fórum Federal em casa. "No hotel, a escolta chamava muito a atenção
e dava despesa para a PF."
É o único caso de juiz que vive confinado no Brasil. A sala de
despachos de Oliveira virou quarto de dormir. No armário de madeira,
antes abarrotado de processos, estão colchonete, roupas de cama e
objetos de uso pessoal.
O banheiro privativo ganhou chuveiro. A família ? mulher, filho e duas
filhas ? que ia mudar para Ponta Porã, teve de continuar em Campo
Grande. O juiz só vai para casa a cada 15 dias, com seguranças.
Oliveira teve de abrir mão dos restaurantes e almoça um marmitex,
comprado em locais estratégicos, porque o juiz já foi ameaçado de
envenenamento.
O jantar é feito ali mesmo. Entre um processo e outro, toma um suco ou
come uma fruta. "Sozinho, não me arrisco a sair nem na calçada."
Uma sala de audiências virou dormitório, com três beliches e televisão.
Quando o juiz precisa cortar o cabelo, veste colete à prova de bala e
sai com a escolta. "Estou aqui há um ano e nem conheço a cidade." Na
última ida a um shopping, foi abordado por um traficante. Os agentes
tiveram de intervir. Hora extra. Azar do tráfico que o juiz tenha de
ficar recluso.
Acostumado a deitar cedo e levantar de madrugada, ele preenche o tempo
com trabalho. De seu "bunker", auxiliado por funcionários que
trabalham até alta noite, vai disparando sentenças. Como a que
condenou o mega traficante Erineu Domingos Soligo, o Pingo, a 26 anos
e 4 meses de reclusão, mais multa de R$ 285 mil e o confisco de R$ 2,4
milhões resultantes de lavagem de dinheiro, além da perda de duas
fazendas, dois terrenos e todo o gado.
Carlos Pavão Espíndola foi condenado a 10 anos de prisão e multa de R$
28,6 mil. Os irmãos Leon e Laércio Araújo de Oliveira, condenados
respectivamente a 21 anos de reclusão e multa de R$78,5 mil e 16 anos
de reclusão, mais multa de R$56 mil, perderam três fazendas.
O mega traficante Carlos Alberto da Silva Duro pegou 11 anos, multa de
R$ 82,3 mil e perdeu R$ 733 mil, três terrenos e uma caminhonete. Aldo
José Marques Brandão pegou 27 anos, mais multa de R$ 272 mil, e teve
confiscado R$ 875 mil e uma fazenda. Doze réus foram extraditados do
Paraguai a pedido do juiz, inclusive o "rei da soja" no país vizinho,
Oacir Antonio Dametto, e Sandro Mendonça do Nascimento, braço direito
do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
"As autoridades paraguaias passaram a colaborar porque estão vendo os
criminosos serem condenados." O juiz não se intimida com as ameaças e
não se rende a apelos da família, que quer vê-lo longe desse barril de
pólvora.
Ele é titular de uma vara em Campo Grande e poderia ser transferido,
mas acha "dever de ofício" enfrentar o narcotráfico. "Quem traz mais
danos à sociedade é mega traficante. Não posso ignorar isso e prender
só mulas (pequenos traficantes) em troca de dormir tranqüilo e andar
sem segurança.?
ESTE MERECE NOSSOS APLAUSOS!
POR ACASO A MÍDIA NOTICIOU ESSA BRAVURA QUE O BRASIL PRECISA SABER?


Mais um texto desse que recebemos via e-mail e não sabemos o verdadeiro autor,mas gostaria de dar os meus parabéns .Pois ainda há esperança,ainda há quem lute, a causa ainda não esta perdida...o Brasil não é só de bandidos,corruptos.
Mas Infelizmente os honestos tem que viver em prisões( seja como o Juiz ou em suas casas com medo de ir na rua devido a violência) e o bandidos soltos.


Liliane Mendes

1 Comments:

At 6:20 PM, Anonymous Anônimo said...

Esse Juiz com certeza merece ser reconhecido pelos seus atos e n esses juízes que estao condenando empresas a pagarem 10 mil reais por pessoas que "SUPOSTAMENTE" acham formigas no lanche. Quem é conhecido por dar sentenças por danos morais a consumidores é o Juiz Yale Mendes de Cuiabá.Teve um caso q ele condenou o google a pagar 10 mil a uma mulher que foi chamada de caloteira em uma comunidade do orkut.Queria ver se esse Juiz Yale Mendes ia ter coragem de condenar traficantes.Entao temos que parabenizar o caráter do Juiz Odilon de Oliveira, pois são poucos que possuem a sua coragem e honestidade.

 

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