20 novembro, 2006

O mundo como ele é

O homem faz do mundo o que bem entende. E esse homem deu para si mesmo o titulo de único proprietário do planeta. Mais esperto do que qualquer outro animal, ele estipulou algumas regras brancas: de acordo com o lugar que você nasceu não pode fazer certas coisas ou não pode nada, mas em contrapartida homens de alguns lugares podem fazer o que bem entendem, inclusive produzir armamentos suficientes para eliminar o planeta Terra do universo 16 vezes.

Além de fazer o que quer, o homem também olha o mundo da maneira que mais lhe agrada. A começar pelo próprio planeta terra em si, o globo terrestre. Acredito que todos saibam que ele é redondo (ta, eu sei que é oval, mas nesse caso não vai mudar nada). Por ser redondo, não tem como definir o que é a parte de cima ou a de baixo, bem como esquerda ou direita. Mas algum dia foi instituído que a parte de cima é a parte de cima e a parte de baixo é a parte de baixo. Coincidentemente a mulambada ficou abaixo dos soberanos do poder. Já é assim a séculos, e assim continua.

Peguei esse exemplo meio bobo, apenas para mostrar como na verdade o ser humano não olha o mundo como quer, mas da maneira que lhe foi imposta, que lhe foi ensinada. O conhecimento que ele possui foi ensinado como um dogma, e não como uma Wikipedia que pode ser alterada a qualquer momento.

Se imagine na frente da sua televisão. Você olha e escuta o que ela transmite. Essa televisão acaba sendo os seus olhos diante do mundo. Mas atrás dessa televisão deve haver uma caixa fechada e saindo de dentro dela um fio que se você segui-lo, provavelmente vai chegar ao teto de sua casa e vai encontrar uma antena, na qual você não enxerga nada conectado a ela, mas você tem conhecimento que ali estão chegando ondas eletromagnéticas que saíram de uma grande antena no alto de algum morro, que por sua vez veio de uma estação de transmissão de alguma emissora de tv, e que essas imagens foram originadas de uma sala onde um homem na frente de uma câmera filmadora falou coisas que aconteceram. É assim que a coisa funciona.

O problema é que estamos deixando de utilizar nossos olhos para enxergar o mundo, e estamos usando os olhos da televisão (que nem sabemos a quem pertence). Esses olhos de quem não conhecemos o dono enxerga o mundo da maneira que mais lhe agrada. Vendo o mundo com os olhos dele, estamos deixando de ver o mundo ao nosso modo. Isto não nada muito complexo de entender e tem um nome muito famoso e ao mesmo tempo perigoso: manipulação.

Se quando eu falei em mundo, você pensou em todo o planeta, por favor, comece a ler o texto de novo. Mas quando ler o vocábulo “mundo” pense nos lugares em que você passa todo dia, onde mora, onde se diverte. Este é seu mundo, o seu mundinho. É com ele que você deve ser preocupar prioritariamente. Com ele e com as pessoas que também habitam este pequena parte do grande planeta Terra.


João Gabriel H. Pinheiro

1 Comments:

At 8:45 PM, Blogger Paulo Fernando said...

Eu renedo a minha parte do lote. Aliás, vou alugá-lo para outros humanos que queiram dominar a minha parte do mundo. Quando eu morrer, as únicas coisas que levarei serão as plumas. Plumas? É isso aí! A leveza dos passos que dei, caminhando feito gazela neste mundo pesado. As plumas, tão leves quanto meus passos, serão de meu domínio em outro mundo, o qual homem nenhum temn voz.

 

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