30 dezembro, 2006




Lembro-me que quando escutei essa música pela primeira vez….
Uma professora me passou por e-mail achei a música sensacional.
Hoje vejo a violência que acontece nas grandes cidades como em São Paulo e no Rio de Janeiro, que só foi relatada nos jornais devido a ter acontecido no “asfalto”.

Enquanto isso os famosos falam:

Violência no Rio: "Não é surpresa"
Isso já era de se esperar. As pessoas mais atentas em São Paulo perguntavam quando isso (os ataques que mudaram a rotina da cidade) ia acontecer no Rio. É briga de facções, não é nenhuma surpresa.
Ficar otimista no Rio é difícil mas também não sou alarmista, quer dizer, não vivo com esta paranóia. Se eu fosse pensar assim, seria difícil viver.
Meu show não tem a pretensão de recuperar o espírito carioca, não foi feito para isso. Mas acho que a música pode contribuir de alguma forma para levantar a moral.

Chico Buarque, cantor e compositor

Acho deprimente os atentas de São Paulo e do Rio, mas quer saber o verdadeiro culpado?
Nossos nós, principalmente a classe media que ignora os bandidos e em momento algum repara que as favelas só aumentaram devido os salários baixos ao não pagamento de passagens (principalmente aqueles que moram na baixada e passaram a morar em favelas da zona Sul).
Acho que falta determinação do povo(ou digo classe média,pois é quem tem voz nesse pais) para reivindicar os impostos que paga.
O problema do Brasil e político e não adianta nada um ficar colocando a culpa no outro,pois isso jamais resolverá.
Você deve estar perguntando o que resolverá?
Resolverá no dia que a policia tiver salários dignos,pelos riscos que ela corre e não depender de subornos para sobreviver.
Resolverá no dia que o salário mínimo aumente nas mesmas proporções que o salário da câmara.
Resolverá no dia que o dinheiro que pagamos de impostos seja revestido a: EDUCAÇÃO,SAUDE,MORADIA,TRANSPORTE e tudo mais que merecemos.
Resolverá do dia que o BBB não seja o programa mais esperado.
Resolverá no dia que pararmos de ver novela e reivindicarmos os nossos direitos.

PS: Desculpa por ter escrito coisas sem sentido, mais estou de luto.
"confesso abestalhado que estou decepcionado"
PS2:Acho que a música diz tudo,por isso não preciso escrever muito.

Liliane Mendes

27 dezembro, 2006

Carnaval e meu saudosismo





Outro dia passeando pelo YouTube, encontrei algo que me comoveu e ao mesmo tempo me fez refletir. O vídeo em questão é do desfile do Salgueiro de 1993, com histórico samba “Peguei um Ita no Norte”. Caso não conheça esse samba pelo nome, vai lembrar dele assistindo ao vídeo. Basta ter no mínimo uns 15 anos ou já ter ido alguma vez ao Maracanã. Agora que vocês já estão interados sobre o tema em questão, vou expor a minha reflexão. É importante que veja o vídeo para entender o que vou dizer.

O carnaval, desde que é carnaval é considerado a festa do povo. Sendo assim, deveria ser reflexo do sentimento do povo. A expressão de suas felicidades, tristezas, sonhos e decepções, etc. E assim era o carnaval quando surgiu. As marchinhas, que são da primeira metade do século 20 fazem sucesso ate hoje, pois o povo se identifica com elas. Vê a sua vida nelas. Alguns sambas-enredo das escolas de samba também entraram para história pelo mesmo motivo. O do Salgueiro de 1993 é um exemplo. E mesmo os que não ficaram famosos, era a personificação em musica do povo brasileiro.

Perceberam que usei verbos no passado? O motivo é que não se pode encontrar o sentimento do povo brasileiro no carnaval do presente, onde o que existe são as Escolas de Samba S.A. A lógica de mercado se apropriou da única manifestação popular de grande força de expressão. Os atuais desfiles são apenas para os turistas e para os empresários brasileiros mostrarem aos investidores internacionais as maravilhas dos seus produtos. Onde já se viu um desfile que fala da cana de açúcar e que não mostra o regime de escravidão em que trabalham os bóias-frias cortadores de cana?

Fico triste que o carnaval tornou-se objeto da indústria de consumo. Meu saudosismo surge ao ouvir sambas e marchinhas de uma época em que não vivi, ou só peguei o final dela. Esse final é justamente o desfile do Salgueiro em 1993. Eu com os meus cinco anos lembro-me do dia em que ele foi campeão. E o samba nunca mais saiu da minha cabeça. E nunca mais um desfile de qualquer escola empolgou tanto o Sambódromo quanto este. Arrepiei-me ao escutar o publico cantando no vídeo. Acho que porque depois disso, o povo não se via mais nos desfiles. Alguém ai se anima para ir ao Sambódromo no próximo carnaval. Mas é para pular até a ultima escola passar.

Nem tudo esta perdido. Vejo que cresce um movimento para resgatar o espírito do velho carnaval. Só que no carnaval de rua, já que perdemos o Sambódromo e seus desfiles para os empresários. Viram como não sou o único saudosista. Tem muita gente com o mesmo sentimento de decepção que eu. Só que, diferente de mim, estão fazendo algo para mudar este quadro. Dou meu apoio a todos!

Pelo ou menos aqui no Rio, os blocos de ruas estão ganhando força fazendo carnaval ao modo antigo: sem pretensão de nada, sem trabalho técnico. Agora as escolas de samba têm ensaio técnico né! O desfile tornou-se algo técnico, mecânico, sem graça. Se eu tivesse poder para tal ato, excluiria todos os critérios técnicos de apuração como harmonia e evolução. E colocaria critérios como capacidade de empolgar o publico e poética do samba.

Viva la resistance!

João Gabriel H. Pinheiro

24 dezembro, 2006

Então é Natal

Época aonde todo mundo resolve ser “bom”.Todos lembram do parente que não fala a séculos e ainda troca presentinhos...
FALANDO SOBRE O NATAL
Natal é época de paz?
Não sei aonde.
►os shoppings estão lotados;
► as lojas estão lotadas;
►as ruas estão lotadas;
►transito uma loucura pois todos vão de carro para o trabalho;
►os ônibus todos lotados,pois muitos desempregados estão trabalhando temporariamente;
►os bancos estão mais cheios, pois salários e 13° são em datas diferentes;
►dentre outros motivos que não me recordo, ou seja de paz não tem nada...
Natal é época de lembrar de Jesus cristo?
►Estranho que as pessoas só lembram do papai Noel, e de seus presentes.
Natal e época de amizade?
►Ou seria falsidade?pois acho que lembrando de quem nos magoou apenas esse dia.Ou somos obrigados a dar presentes para quem odiamos apenas em nome do amigo oculto do trabalho.
POSSO RESUMIR O QUE É O NATAL????
E aquela época no qual nos ganhamos mais e gastamos mais, isso faz a economia andar e por isso e a época em que o capitalismo mais fatura.
A grande maioria esta empregada (mesmo que temporariamente) fazendo assim com que consuma também. Falando como economista é uma excelente época.Que poderia ser assim sempre, que a economista do país estaria maior digamos assim.
Acho que o Natal hoje e apenas lembrado pelo papai Noel e seus presentes.Jamais por Jesus cristo, por isso nunca gostei de natal...acho fútil de mais.Porem esse natal irei comer bastante e agradecer pela união de minha família que venceu as dificuldades desse ano.Afinal o natal enche nossos corações de esperança e expectativas para o ano novo que esta por vir.
O que nos faz lembrar ate dos que tem fome, pois é no natal aonde ate as campanha/ongs faturam mais.Afinal e a único dia do ano que se tem frio (nossa to morrendo de calor por sinal),fome,sede, carência e tudo mais.

FELIZ NATAL A TODOS!
PS: Ainda sem inspiração.

Liliane Mendes

22 dezembro, 2006

O dom de escrever...

Estava aqui meio bêbada escrevendo um depoimento para minha amiga verônica e me peguei pensando o que faz as pessoas escreverem???
Oi melhor o que trás a tão falada inspiração?
Tava outro dia vendo o que diferencia certos cantores/ compositores.Pequenos exemplo, meu querido Roberto Carlos...adoro as musicas dele mais acho muito melhor quando é reagravada....pois sua voz e bem enjoadinha o mesmo acontece com outros artista que faz muitas pessoas ficarem pasmas quando descobrem o verdadeiro autor da música.
Pois os compositores tem o diferencial , como os escritores...
Mas aonde vende esse tal diferencial?
To precisando comprar pois ando escrevendo muito mal ou me melhor aonde sem inspiração.Quem sabe e o amor?
Se bem que o amor nos faz escrever sobre aquelas velhas historias de amor aonde mostra que amamos as pessoas de forma descontrolada e mostrando isso a todo momento, mesmo que seja escrevendo em um guardanapo.
Será que esse é o segredo da inspiração???
Ei, psiu alguém ai me ajude preciso de inspiração para escrever.... Ah mais não vale roubar a maneira de outra pessoa escrever, né gabriel?

Liliane Mendes

Opinião: cada um com a sua

Já parou para reparar que um assunto só se torna polemico , quando as opiniões não distintas?
Hoje estava no ônibus e estudei a seguinte perola:
“Brasileiro não gosta de trabalhar, ele só quer fazer bico e pronto.Usa os filhos para poder conseguir dinheiro do Estado e assim vive”
O outro homem acho isso um absurdo e respondeu:
“- que isso rapaz, pega o Japeri ( Trem) 5hs da manhã para voce ver como esta lotado.Brasileiro trabalha sim e muito ainda é o segundo pais do mundo (perdendo só para os Estados Unidos)Que e absurdo as qualidade e horas que trabalhamos”.
Parei, pensei e me lembrei vagamente da China, condições precárias de emprego, muitas vezes escravo e tudo mais....Mas segundo ao “intelectual do ônibus, ela não é nem lembrada.
Ah por falar em ônibus, acabei de lembrar de um senhor que falou assim do Lula.
“Jamais votarei nele,o que ele fez? Fez a comida ficar mais barata? O povo não vive só de carne, precisamos de frango que por sinal aumentou muito o preço devido a febre do frango.”
Ai essa só de lembrar dói....o que o presidente tem haver com a febre do frango?
Não me recordo de mais historias de ônibus no momento, mas juro que vou um dia escrever só sobre elas.

Mas mudando de assunto, já viu como somos patéticos com nossos opiniões?
Sempre achamos que os inteligentes geralmente só estudam, e só vivem disso.
E na verdade geralmente e o oposto, eles bebem vivem e saiem mais que muitos por ai.
Isso faz com que muitos fiquem impressionados e barbarizados em saber que os nerds também vivem. Mas não precisam falar nem mostrar isso para ninguém...E desse mesmo pensamento que vem a idéia da santinha que de santa não tem nada.Pois acreditam tanto que a menina é santa e fazem uma idéia completamente equivocada nela e quando descobrem que ela também sai, que beija na boca e tudo mais fica a idéia que ela não é santa.
Povo aprenda uma coisa NINGUÉM nesse mundo é santo.Ou melhor só se viva santo depois de morto e dos milagres comprovados.Então parem de opinar sobre a vida das pessoas alheias pois no fundo todos só querem se divertir e a fofoca acaba um pouco com a diversão.Pois os boatos são fatais.E muitas vezes acabam com a reputação de quem não merece.
Acho ate que a opinião é importantíssima na vida do ser humano, eu por exemplo tenho a minha sobre tudo e todos, mas procuro não falar sobre quem não conheço de verdade, me calo e espero a pessoa mostrar quem realmente é(Geralmente vou devarginho para não me machucar).
Ps: Podem ate falara de mim pois não ligo, pago muitas contas e f* o que você acha de mim.
Liliane Mendes

20 dezembro, 2006

Guerra contra a chatice

Neste ano que esta indo embora alcancei a idade adulta. Quando eu tinha um dez anos, não me agüentava de ansiedade pela chegada do dia 12 de março de 2006. Ele chegou, e admito que foi um ano muito bom para mim. Conheci pessoas maravilhosas, e com elas vivi muitas noites históricas que com certeza contarei para meus netinhos. Aproveitei bastante meu primeiro ano como maior de idade, porém algumas vezes me senti casando, indisposto para fazer ainda mais coisas. Traduzindo: senti-me um velho rabugento. Acho que porque eu quero sempre mais, mas infelizmente algumas vezes não agüento mais nada.

Fazendo uma auto-análise da minha pessoa vejo que estudo de forma razoável, minhas atividades diárias são bem básicas e durmo o suficiente. Por isso, não vejo motivo para estar cansado com o que faço. Mas vivo cansado, principalmente depois de uma noite bem agitada e de muitas alegrias com meus amigos. Por pior que seja o lugar, por pior que sejam as pessoas que estão a nossa volta. Ao final de tudo reflito e vejo que valeu a pena, só que poderia ter sido ainda melhor.

Seria a perfeição juntar a liberdade da maioridade com o espírito de criança. Talvez esteja ai a tão sonhada formula da felicidade. O problema é que quando ganhamos uma perdemos outra. Nada é perfeito né! Já perguntava o Barão Vermelho e também pergunto: “Porque que a gente é assim?”.

Deve ser alguém vírus que quando nosso corpo completa 18 anos de vida, começa a nos tornar velhos chatos. A partir daí percebi que devo iniciar uma luta contra a minha rabugice. Qualquer sinal de desanimo deve ser enfrentada com todas as energias que ainda nos restam. Ao achar que alguma coisa esta ficando chato, jogue água na cara e perceba que quem esta ficando chato é você seu chato! Deve ser o vírus da rabugice atacando.

Ai deve estar todo mundo esperando que darei uma receita para matar esse vírus maldito agora né? Negativo. Só tenho para vocês uma idéia que nuca testei, mas acho que pode dar certo, Minha sugestão é tentar lembrar e tentar repetir momentos de pura felicidade da nossa infância.Isso mesmo: voltar a ser criança por alguns minutos. Por mais trágica que a sua seja, deve ter ao menos algum momento feliz. Que seja um só, mas que você possa usá-lo como pílula de combate à rabugice. Por enquanto não tem como matar o vírus de vez. Todo dia é uma guerra contra ele. Quem sabe um dia ele finalmente será vencido. Enquanto isso: ao combate!

Seguindo o estilo de texto da minha querida amiga Liliane, vou acaba-lo com uma musica. Quem ja foi criança, sabe da onde a tirei.

Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda
Amanhã velho será, velho será, velho será
A menos que o coração, que o coração sustente
A juventude, que nunca morrerá!

Existem jovens de oitenta e tantos anos
E também velhos de apenas vinte e seis
Porque velhice não significa nada
E a juventude volta sempre outra vez!

Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda
Amanhã velho será, velho será, velho será
A menos que o coração, que o coração sustente
A juventude, que nunca morrerá!

E você é tão jovem quanto sente
Pode apostar: é jovem pra valer
E velho é quem tem sempre a dureza
E também é quem deixa de aprender!

Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda
Amanhã velho será, velho será, velho será
A menos que o coração, que o coração sustente
A juventude, que nunca morrerá!

Não diga não à vida que te espera
Para festejar a alegria de viver
Dar à vencer a luz do seu caminho
E você vai com isso entender!

Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda
Amanhã velho será, velho será, velho será
A menos que o coração, que o coração sustente
A juventude, que nunca morrerá!

Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda
Amanhã velho será, velho será, velho será
A menos que o coração, que o coração suspeite
Da juventude, que nunca morrerá!


João Gabriel H. Pinheiro

09 dezembro, 2006

A experiência de campo

5h – O horário é o mais escroto possível para se escrever. O cenário passa de todos os limites da bizarrice. Sete amigos (4 homens, 3 mulheres) deitados em um quarto após uma noite regada a álcool, onde Salvador Dali teria material para produzir mais de 10 quadros representando todo surrealismo que observara. Uma madrugada em que todos já chegaram ao seu limite de resistência ao sono produz historias fantásticas. Mesmo ainda estando na primavera, resolvi adotar a campanha da Skol, que questiona o que você vai contar para os seus netinhos no verão. Eis então é a minha primeira história.

Os efeitos do álcool mostram seus horrores. Assuntos em debate no local beiram o grotesco. As pessoas presentes neste quarto já perderam qualquer noção de bom senso e a própria desgraça e motivo para piadas. Isso seria algo lastimável para a Terra, se estes fossem seus únicos habitantes. Ou talvez não né! Quem sabe entregar o comando do mundo aos bêbados proporcionasse algum resultado positivo para o planeta? E se der errado, foda-se! Já estamos na merda mesmo.

Pois veja bem: já relatei que os assuntos discutidos nesse momento pelos bêbados presentes no recinto, beiram o grotesco. Mas a criatividade é algo de positivo nessa conversa. Mesmo bêbados, se parassem para refletir alguns minutos, boas idéias poderiam ser geradas. Ao falar em boa idéia não tiver a intenção de fazer nenhum trocadilho com o slogan de uma famosa bebida alcoólica popular. Aprendi a não duvidar da capacidade criativa de uma pessoa bêbada. E digo isso por experiência própria.

Esqueci de citar que fui o único corajoso a pular na piscina de roupa. Mas uma historinha a entrar na lista das que serão contadas para meus netinhos.

Citar nomes seria algo extremamente comprometedor. Mas como a identidade de um dos presentes já é de conhecimento de quem lê esse texto então as demais também serão reveladas e seguem em diante: Diego, Elka, Juliana, Michael, Regilaine e Vinicius, além desse que assina este texto, João Gabriel.

Fotos são dispensáveis, pois ai vocês leitores já estariam entrado demais na intimidade dos personagens desta história. Até porque isso aqui não é um fotolog. E essa foi só a primeira história. Em breve novos e mais escrotos relatos serão publicados aqui. Neste blog também escrevem grandes amigos que tenho. Quem sabe rola textos feito pelos três ao mesmo tempo hein.


João Gabriel H. Pinheiro

05 dezembro, 2006

O livro do homem


A história é feita de fatos. Fatos que são ações. Ações que necessitam de alguém para se realizarem. Na história dos homens, que na verdade deveria se chamar história de alguns homens, pois só alguns fazem com que ela aconteça. A grande maioria só observa tudo acontecer. Com o desenvolvimento das comunicações (rádio, TV, internet) essa passividade aumentou ainda mais. Tomamos conhecimento sobre uma grande quantidade de fatos que acontecem no mundo e até fora dele. Vemos pessoas fazendo alguma coisa ai às elogiamos, criticamos ou simplesmente continuamos calados. Ao final do ano vemos a retrospectiva e lembramos um pouco de tudo que foi feito no ano. Em seguida, tudo é jogado no arquivo-morto do cérebro e provavelmente nunca mais sairá de lá.

A passividade talvez seja um câncer que já se enraizou em nossos corpos e não nos deixa levantar do sofá. Bravos homens, que foram classificados nas mais inferiores castas do regime capitalista, mas mostraram sua grandiosidade e entraram para história. Uma vez, um caseiro de casa de gente rica e poderosa, que observava seus patrões fazendo coisa errada, esqueceu do “seu lugar” e foi lutar para que a justiça fosse feita. Chega! Um exemplo é suficiente para mostrar como é simples fazer história.

Mais uma vez, lembro que a história não é só aquela contada nos livros e sim o gesto que você faz que mude alguma coisa na sua vida e nas pessoas ao seu redor. Sou daqueles que acreditam que é impossível se medir gestos. Pelo simples fato de que algo não pode ser nada pra mim, mas para você pode ser importante pra caralho.

Um boteco, qualquer boteco, deve ser o espaço mais revolucionário do mundo. Na maioria das vezes em que o homem decidiu fazer história, tudo começou em um boteco. Não sei, mas talvez a noção de injustiça das pessoas deve ficar mais apurada com a elevação da quantidade de álcool no corpo. Olha que isso não é papo de cachaceiro. Já tem três dias que não bebo, e portando livre de qualquer estado de embriaguez ou ressaca.

Não sei como os donos do mundo não perceberam o quanto é perigoso esse ambiente chamado Bar e esse grupo de pessoas chamado Amigos e não planejaram nada para acabar com eles. Talvez ate planejaram e não conseguiram. Mas no fundo acho que não. Acredito que eles também desfrutem das maravilhas de um bar com seus amigos e é claro, também fazem história. Só que ai entra aquela outra problemática que já discuti aqui de se fazer o bem ou o mal. Fazer bem para quem? Fazer mal para quem?

Esse texto é em homenagem a todos os meus amigos e a todos os botecos do mundo.


João Gabriel H. Pinheiro